Segue para sanção do governador do estado, José Eliton, projeto de lei que tem como objetivo disponibilizar na rede pública estadual de educação o serviço de psicologia escolar. A propositura tem autoria de Francisco Jr, deputado estadual pelo PSD, e foi aprovada em segunda votação em sessão extraordinária da Assembleia Legislativa de Goiás na tarde da última terça-feira, 03.
Apresentado ainda no mês de agosto do ano passado, o projeto busca fornecer um ambiente mais saudável em escolas estaduais de educação básica, ensino fundamental e média, através da figura do psicólogo escolar. O profissional, devidamente habilitado, deverá atuar junto às famílias, professores, alunos, direção e a equipe técnica da escola, com o objetivo de melhorar o desenvolvimento humano dos alunos, as relações professor-aluno e aumentar a qualidade e eficiência do processo educacional.
Ao falar sobre a propositura, Francisco Jr ressalta que a figura do psicólogo escolar surge para colaborar com a comunidade educacional, “O professor na sua correria e com o número de alunos que tem, não consegue mais fazer esse acompanhamento individualizado do aluno. O psicólogo educacional é um profissional que vai estar qualificado, preparado para estar auxiliando os alunos a partir da sua realidade e dramas pessoais.”, detalha o deputado.
Uma das apoiadoras da proposta é a ex-Secretária de Educação do estado de Goiás, Raquel Teixeira. A professora destaca a importância do equilíbrio na vida dos jovens, “Nós vivemos em uma sociedade em que existe muita desagregação de valores e princípios, estamos vendo todos os dias jovens se suicidando e fazendo automutilação. As competências socioemocionais são importantes para o equilíbrio do jovem e é claro que a presença de um psicólogo escolar é essencial nesse fator equilibrador, orientador de jovens e famílias.”, frisa Raquel.
Outra apoiadora é a presidente da Comissão de Psicologia Escolar do Conselho Regional de Psicologia (CRP), Alba Cristhiane Santana. Doutora em Psicologia do Desenvolvimento pela Universidade de Brasília (UNB), a psicóloga ressalta a contribuição que o psicólogo escolar pode fornecer, “O que a gente tem entendido é que a psicologia pode contribuir com os profissionais escolares, pode contribuir com os alunos, pode ajudar a diagnosticar e a pensar o que anda acontecendo? O que a gente pode pensar dos métodos pedagógicos? Em que medida a escola e os métodos pedagógicos podem ajudar na superação de dificuldade de aprendizagem, de evasão, de situações de relacionamentos e situações de violência?”.
Caso seja sancionada pelo governador do estado, a lei entra em vigor 180 dias após a sua publicação.